domingo, 25 de setembro de 2016

E A COMUNICAÇÃO



Em 1972 quando já na minha vida hoteleira iniciei em cargos que precisavam de comunicação escrita, esta era levada a sério e com toda a celeridade, havia enfim coisas que necessitavam de registro e assinatura, afinal até mesmo a telefonia interna era sempre através de aparelhos como este:


Não preciso dizer que a segurança e o sigilo deste tipo de aparelho eram praticamente inexistentes. Então escrevíamos. Só que isso era eficiente.

Comunicação - É sem dúvida um dos maiores problemas que encontramos nos estabelecimentos de hoje, ao contrário do que seria de esperar a informática, a agilidade e a velocidade que todos os equipamentos modernos proporcionam a comunicação é provavelmente a que está em pior situação.

Depois veio a era do PABX onde a segurança era um pouco maior pois podíamos discar o ramal desejado sem passar por nenhum intermediário, mesmo assim a então telefonista sabia quem estava falando com quem e por quanto tempo – se ela quisesse conseguia entrar na conversa.
 Daqui para a frente a evolução das comunicações foi muito mais rápida, veio o Telex, onde podíamos digitar textos que estavam sendo lidos em tempo real e podiam ser respondidos exatamente no mesmo momento. Tudo em tempo real
Mas pasmem funcionava uma carta entre cidades podia demorar de três a cinco dias o uso do telex transformou esse tempo em 3 a 5 minutos. Funcionava.
Porque será então que deixou de funcionar, sim porque nos dias de hoje não funciona e esta realidade se espalha por 95% dos empreendimentos hoteleiros, dado o trabalho que desenvolvemos sabemos que o problema não se restringe só há hotelaria.
Não, não há mais trabalho, e o que há é muito mais facilitado.
Hoje há ferramentas muitos mais ágeis do que qualquer uma das apresentadas acima e já recebi orçamentos para eventos depois de tê-los realizado no hotel que me enviou o orçamento, ou seja, isso brada aos céus.
Quando evoluímos do Telex para o Fax, eu era gerente comercial de um Hotel com pouco mais de 200 Uhs. Fechei o ano com 72% de ocupação – Reais, e não essa ocupação operacional que é usada hoje. Não, não são os tempos – São os profissionais que estão cada vez mais escassos, as faculdades da área que “capacitam” meninos deslumbrados para uma carreira com pessoas sem qualquer qualificação em gestão hoteleira, então quando há dificuldades ou situações fora do comum, arranjam culpados e chamam de crise. Não, não é crise é despreparo.
Acreditem conheço hotéis no Brasil que fecharão o ano com ocupação real acima de 70% em locais onde a ocupação média anual não passará dos 40%. Sorte! Não, conhecimento, qualificação mas principalmente colocar em prática o que ensinamos.

Decisão sem ação continua sendo igual a INANIÇÃO. -

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