Em 1972 quando já na minha vida hoteleira iniciei em cargos que precisavam de comunicação escrita, esta era levada a sério e com toda a celeridade, havia enfim coisas que necessitavam de registro e assinatura, afinal até mesmo a telefonia interna era sempre através de aparelhos como este:

Não preciso dizer que a segurança e o sigilo deste tipo de aparelho eram praticamente inexistentes. Então escrevíamos. Só que isso era eficiente.
Comunicação - É sem dúvida um dos maiores problemas que encontramos nos estabelecimentos de hoje, ao contrário do que seria de esperar a informática, a agilidade e a velocidade que todos os equipamentos modernos proporcionam a comunicação é provavelmente a que está em pior situação.

Daqui para a frente a evolução das comunicações foi muito mais
rápida, veio o Telex, onde podíamos digitar textos que estavam sendo
lidos em tempo real e podiam ser respondidos exatamente no mesmo
momento. Tudo em tempo real

Mas pasmem funcionava uma carta entre cidades podia demorar de três
a cinco dias o uso do telex transformou esse tempo em 3 a 5 minutos.
Funcionava.
Porque será então que deixou de funcionar, sim porque nos dias de
hoje não funciona e esta realidade se espalha por 95% dos
empreendimentos hoteleiros, dado o trabalho que desenvolvemos sabemos
que o problema não se restringe só há hotelaria.
Não, não há mais trabalho, e o que há é muito mais facilitado.
Hoje há ferramentas muitos mais ágeis do que qualquer uma das
apresentadas acima e já recebi orçamentos para eventos depois de tê-los
realizado no hotel que me enviou o orçamento, ou seja, isso brada aos
céus.
Quando evoluímos do Telex para o Fax, eu era gerente comercial de
um Hotel com pouco mais de 200 Uhs. Fechei o ano com 72% de ocupação –
Reais, e não essa ocupação operacional que é usada hoje. Não, não são os
tempos – São os profissionais que estão cada vez mais escassos, as
faculdades da área que “capacitam” meninos deslumbrados para uma
carreira com pessoas sem qualquer qualificação em gestão hoteleira,
então quando há dificuldades ou situações fora do comum, arranjam
culpados e chamam de crise. Não, não é crise é despreparo.
Acreditem conheço hotéis no Brasil que fecharão o ano com ocupação
real acima de 70% em locais onde a ocupação média anual não passará dos
40%. Sorte! Não, conhecimento, qualificação mas principalmente colocar
em prática o que ensinamos.
Decisão sem ação continua sendo igual a INANIÇÃO. -
Nenhum comentário:
Postar um comentário